O ano sempre começa com aquela tradicional lista de promessas e propostas para o ano novo - "vou estudar mais", "vou arrumar um emprego melhor", "não vou mais beber", etc. Como todo ano, eu não fiz promessa nenhuma, mas me dei conta de que nesse ano que passou eu acabei não lendo os livros que queria, e ainda pior: li pouco até.
Começando um ano e um blog novo, resolvi fazer uma lista dos livros que quero ler este ano. Inclusive você, que está lendo isto, pode também fazer uma lista dos seus cogitados. Acho interessante saber o que os outros estão lendo e o que querem ler. No ônibus e em outros lugares por aí, sempre me espicho pra tentar ler o título nas capas dos livros alheios. Então sinta-se à vontade.
Aí vai a minha lista. Não prometo que vou ler todos (claro, com tudo de livro que eu tenho pra colocar no site, e ainda pretendo fazer pelo menos uma cadeira na faculdade esse semestre... mas veremos) e até podem surgir outros livros que eu me interesse em ler, mas, por enquanto, é isso:
Contos Completos - Virgínia Woolf
Cem Anos de Solidão - Gabriel García Márques
Ficções - Borges
O Médico e o Monstro - Robert Louis Stevenson
Verdade Tropical - Caetano Veloso
A Peste - Camus
A Náusea - Sartre
A Idade da Razão - Sartre
O Evangelho Segundo Jesus Cristo - Saramago
Ensaio Sobre a Cegueira - Saramago
Pretendo ir riscando um por mês, vamos ver se eu consigo...
Ana
sexta-feira, 9 de janeiro de 2009
Primeiro Estranha-se, depois Entranha-se
Atenção!
Antes de começar a falar de livros, filmes e outras manifestações culturais - temas a que este blog se dedica! -, sinto-me forçado a falar de um assunto mais premente, algo simplesmente inadiável e que a humanidade precisa compreender: a Coca-Cola vai substituir a água.
O sujeito fica pensando: puxa, a água doce está acabando, logo estará custando caríssimo e, para o pobre, o que irá restar? Eu respondo: Coca-Cola! Nos dias de seu surgimento, a Coca era um produto burguês bastante elegante. Na época, ainda se usava a semente de coca (Você não sabia que eles pararam de usar?! Agora é só xarope!) e também cocaína. Um pouquinho. Mas não se assustem, porque até mesmo Sigmund Freud aconselhava cocaína a seus pacientes, naquele tempo (aposto que você conhece essa história). De qualquer modo, vá se acostumando: sairá Coca-Cola das suas torneiras. Como dizia uma frase publicitária português a respeito da Coca-Cola, em 1927: "Primeiro Estranha-se, depois Entranha-se".
Bem, é evidente que eu estou de palhaçada, mas vamos ser francos: não é estranho que um líquido preto com bolhas faça tanto sucesso? Não passa de um xaropezinho xexelento misturado com água, mas veja você a expansão internacional da marca e a fortuna que se faz a partir dela. Se estou sugerindo que ainda há alguma droga na Coca que causa dependência? Não, imagine! Estou sugerindo que as pessoas são estranhas. E eu incluído.
Agora leiam isso:
"A indução ao consumo de coca-cola é tamanha que a propaganda nos ilude a um estado de satisfação e ecstase compapado ao uso de uma droga. E na verdade é uma droga que vicia e igualmente ao consumo de álcool, é difícil se desfazer totalmente para alguns. Por trás de todas as suspeitas, existem verdades espantosas... Procure se informar e DEIXE ESSE MAL de lado."
Hum... Encontrei isso em um blog por aí. Se ignorarmos o "compapado", o que nos resta? Uma baboseira! Acho hilárias essas pessoas que sacodem a bandeirinha "sou saudável" e que podemos encontrar freqüentemente* bêbadas e drogadas. Elas comem alface, porque faz bem ao intestino, e falam mal da comida industrializada, mas são as mesmas - quase sempre - que torram os neurônios usando maconha 3 vezes ao dia. O que eu estou dizendo? Que drogas são ruins e Coca-Cola é bom? Não! Estou dizendo que cada um se arruina como quer, e ninguém tem nada que ver com isso! E uma coisa é certa: Coca-Cola não vicia. É o mesmo que dizer que limonada vicia. E quanto à lavagem cerebral das propagandas... Bem, é nojento, mas só cai nela quem quer. Quem acredita que o marketing é forte demais para se resistir a ele provavelmente é muito fraco, e deveria cuidar de si mesmo antes de dizer à humanidade o que ela deve fazer.
Fiquemos com a opinião do poeta Décio Pignatari sobre a Coca-Cola. Ele não gostava, também, mas a crítica dele é admirável.
* Obs.: jamais abolirei a trema.
Paulo
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