sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Primeiro Estranha-se, depois Entranha-se



Atenção!


Antes de começar a falar de livros, filmes e outras manifestações culturais - temas a que este blog se dedica! -, sinto-me forçado a falar de um assunto mais premente, algo simplesmente inadiável e que a humanidade precisa compreender: a Coca-Cola vai substituir a água.


O sujeito fica pensando: puxa, a água doce está acabando, logo estará custando caríssimo e, para o pobre, o que irá restar? Eu respondo: Coca-Cola! Nos dias de seu surgimento, a Coca era um produto burguês bastante elegante. Na época, ainda se usava a semente de coca (Você não sabia que eles pararam de usar?! Agora é só xarope!) e também cocaína. Um pouquinho. Mas não se assustem, porque até mesmo Sigmund Freud aconselhava cocaína a seus pacientes, naquele tempo (aposto que você conhece essa história). De qualquer modo, vá se acostumando: sairá Coca-Cola das suas torneiras. Como dizia uma frase publicitária português a respeito da Coca-Cola, em 1927: "Primeiro Estranha-se, depois Entranha-se".

Bem, é evidente que eu estou de palhaçada, mas vamos ser francos: não é estranho que um líquido preto com bolhas faça tanto sucesso? Não passa de um xaropezinho xexelento misturado com água, mas veja você a expansão internacional da marca e a fortuna que se faz a partir dela. Se estou sugerindo que ainda há alguma droga na Coca que causa dependência? Não, imagine! Estou sugerindo que as pessoas são estranhas. E eu incluído.

Agora leiam isso:

"A indução ao consumo de coca-cola é tamanha que a propaganda nos ilude a um estado de satisfação e ecstase compapado ao uso de uma droga. E na verdade é uma droga que vicia e igualmente ao consumo de álcool, é difícil se desfazer totalmente para alguns. Por trás de todas as suspeitas, existem verdades espantosas... Procure se informar e DEIXE ESSE MAL de lado."

Hum... Encontrei isso em um blog por aí. Se ignorarmos o "compapado", o que nos resta? Uma baboseira! Acho hilárias essas pessoas que sacodem a bandeirinha "sou saudável" e que podemos encontrar freqüentemente* bêbadas e drogadas. Elas comem alface, porque faz bem ao intestino, e falam mal da comida industrializada, mas são as mesmas - quase sempre - que torram os neurônios usando maconha 3 vezes ao dia. O que eu estou dizendo? Que drogas são ruins e Coca-Cola é bom? Não! Estou dizendo que cada um se arruina como quer, e ninguém tem nada que ver com isso! E uma coisa é certa: Coca-Cola não vicia. É o mesmo que dizer que limonada vicia. E quanto à lavagem cerebral das propagandas... Bem, é nojento, mas só cai nela quem quer. Quem acredita que o marketing é forte demais para se resistir a ele provavelmente é muito fraco, e deveria cuidar de si mesmo antes de dizer à humanidade o que ela deve fazer.
Fiquemos com a opinião do poeta Décio Pignatari sobre a Coca-Cola. Ele não gostava, também, mas a crítica dele é admirável.
* Obs.: jamais abolirei a trema.
Paulo

2 comentários:

  1. Apesar de tu falar que não vicia, tu me arrastou pro vício e agora muitas vezes eu prefiro Coca-Cola do que o saudoso suco natural.

    Sobre o "compapado", se tu não tivesse avisado, sabe que eu nem ia notar?

    E viva a trema. Daqui a algumas décadas meus netinhos vão achar muito chatas as conversas que eu vou ter com eles sobre "a gente aprendeu todas aquelas regras no colégio e depois mudaram tudo!" (ouço isso sempre da minha avó, agora percebi que meu destino não é muito diferente do dela), mas eu vou continuar escrevendo CORRETAMENTE.

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  2. Gostei de comprar na livraria e Sebo Disco Livros, a entrega foi rápida e os livros em ótimo estado.
    Gostaria de deixar a sugestão de melhorar a busca no momento da escolha dos livros, ou seja, procurar no sebo todos os livros sem ter que olhar um por um.
    Caso já exista essa forma, desconsiderar, mas eu não consegui fazer a busta desta maneira.

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